Desde a infância, começamos a aprender como conviver bem com os outros.
Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as
pessoas à sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do
outro, independente de quem ele seja, se um filho, um irmão, um amigo ou
um vizinho.
A regra é antiga e clara: nosso direito termina onde começa o do outro.
Assim, por exemplo, eu posso fazer uma festa e ouvir música alta, desde
que as outras pessoas, que também a estiverem ouvindo, gostem de som
alto e do estilo da música. Nesse momento, é bom pensarmos nos nossos
vizinhos e não só naquele que se encontra no mesmo ambiente onde a
música está tocando.
Se vivêssemos como ermitões, não precisaríamos nos preocupar. Porém,
como vivemos em comunidade é um pouco diferente. Precisamos aprender a
agir de forma a não prejudicar o outro. É importante, também, nos
acostumarmos a tratar a todos educadamente.
As leis tratam de assuntos mais graves, tais como matar e roubar. Porém,
todos têm outros direitos além do direito à vida e à suas propriedades.
Quando falamos de vida precisamos incluir o machucar o outro e não só
matar, portanto ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. E quando
falamos de propriedade é bom lembrar que estragar de qualquer forma,
aquilo que não é seu, inclui, por exemplo, pichar um muro, arranhar um
carro, e várias outras coisas.
Também é preciso que tratemos os outros não da forma que queremos ser
tratados, mas sim da forma que eles gostariam de ser tratados. Pode ser
que o gosto dos outros seja diferente do nosso.
Se possível, procure seguir algumas regras de boa convivência no seu dia a dia:
• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da
vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor
preço.
• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro.
• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do
derrotismo raramente cruza com amigos na rua, porque a maioria deles
dobra a esquina para escapar do encontro.
• Seja alegre e comunicativo. Um “bom dia”, um “alô” custa pouco e rende muito.
• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou
tarde as pessoas notarão isso, como também descobrirão suas
imperfeições.
• Seja um bom conversador deixando com que os outros falem mais.
• Procure ouvir as pessoas ou avaliar a situação antes de emitir um julgamento.
• Interesse-se pelos outros. Só assim eles acharão você interessante.
• Tenha coragem para assumir decisões. Principalmente assuma o que fez.
• Assegure-se que as informações sejam claras, completas, transparentes e bem recebidas pelo outro.
• Compreenda que as pessoas que pensam de outra forma, estão sinceramente convencidas de que o errado é você.
• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer
honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os
recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso.
• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do
cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de
reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia
seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”.
Para concluir, deixo mais uma dica: pergunte-se: como você gostaria de
ser lembrado quando não estiver mais aqui? O que dirão de você? Pense no
que disse Chico Xavier: Comece, hoje, a escrever um novo roteiro para
sua vida, porque se não podemos voltar atrás e fazer um novo começo,
podemos começar, agora, a fazer um novo fim.
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