terça-feira, 1 de outubro de 2013

Apelo contra pichações

O Hospital São Mateus, localizado no Cruzeiro Velho, fixou placas na fachada do hospital com a promessa de doar cinco cestas básicas para instituições carentes locais para cada mês sem pichação.



O pedido foi acatado e o local nunca mais precisou ser repintado para esconder nomes de gangues ou artes urbanas indesejadas.
Em uma concessionária na Candângolandia, uma grande placa no muro garante: a empresa ajudará uma creche da cidade enquanto a parede permanecer limpa.

Repercussão positiva

Preocupado com a imagem do hospital, frequentemente pichado, o diretor-presidente do Hospital São Mateus, Paulo Henrique Badinhani, teve a ideia das placas. Mas ele nunca imaginou que o projeto daria tanta repercussão. “Nunca mais gastei para repintar essas paredes. Além disso, ainda consigo conscientizar a vizinhança e ajudo a quem precisa”, reforça.

As placas inusitadas fizeram efeito instantaneamente. “Faço questão de cumprir com a minha parte da promessa todos os meses. Colocamos, ao lado das placas, o informativo de entrega da doação nas instituições”, relata. 

Para o diretor, é importante a existência de um espaço para a intervenção urbana e expressão artística por meio do grafite, “mas que não seja nas paredes de um hospital ou instituição que sofre com a poluição visual”. 

Candangolândia também adotou a ideia. Uma grande placa amarela em um muro que fica na parte de trás de uma concessionária da cidade dá o aviso aos vândalos. No informativo, a empresa garante fazer doações mensais a uma creche local em troca do término do vandalismo.

Análise estatística

Indagada sobre ações de prevenção para a pichação em cidades do DF, a Secretaria de Segurança disse que não há análise estatística dessa intervenção social e reforçou apenas que pichação não é crime: “Pichação não é considerada de fato crime e, sim, uma contravenção penal. A Secretaria de Segurança Pública não produz análises criminais específicas de contravenções penais. Com isso, é necessário que uma análise seja produzida, levando de três a quatro dias úteis para ficar pronta”.

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