segunda-feira, 17 de junho de 2013

Após protestos, manifestantes serão recebidos hoje pela presidência

Ministro Gilberto Carvalho recebe, hoje, os organizadores da manifestação nas proximidades do estádio, que terminou com feridos. De acordo com a polícia, movimento não está relacionado com o de sexta




Tropa de choque da PM fez o uso de bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter manifestantes, que se organizam pela rede social (Janine Moraes/CB/DA Press)
Tropa de choque da PM fez o uso de bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter manifestantes, que se organizam pela rede social


O Distrito Federal vivenciou duas manifestações nos últimos três dias e, até agora, para a polícia, não há relação entre elas. Apesar de o objetivo ser o mesmo — chamar a atenção para os gastos com as copas das Confederações e do Mundo — a primeira, ocorrida na última sexta-feira, teve a participação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) e é investigada. No protesto de sábado, mesmo dia do jogo de abertura do evento teste para o Mundial de 2014, dois grupos, um de apoio ao movimento de São Paulo e o outro intitulado Copa pra quem?, se juntaram em frente ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Eles serão recebidos hoje, às 9h30, pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

No ato do último sábado, 34 pessoas ficaram feridas, entre elas quatro policiais, e 29 foram levadas para delegacias após confronto entre os dois grupos e a Polícia Militar. Uma das manifestantes, a estudante universitária Isadora Cristina Ribeiro de Almeida, 18 anos, levou nove pontos na cabeça depois de ser atingida por uma bala de borracha disparada por um dos PMs (veja Depoimento). Os militares lançaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. O comando da PM nega que a ação tenha sido violenta e alega que os militares responderam a uma possível tentativa de invasão ao estádio.

Na 5ª Delegacia de Polícia (área central), os detidos assinaram termo circunstanciado e foram liberados. Eles responderão por delitos como desacato, desobediência e tumulto. “Não há uma investigação voltada para esse manifesto (de sábado) porque foram ocorrências isoladas”, afirma Jorge Xavier, diretor-geral da Polícia Civil do DF. Ele trata a ação como “espontânea”. Diferentemente do que teria ocorrido no protesto de sexta-feira, quando 250 pessoas, a maioria do MTST, atearam fogo a pneus em frente ao Estádio Nacional. “Nesse caso, foi uma ação organizada em que muitas pessoas receberam dinheiro para estar lá. Queremos saber quem eram as pessoas que davam as ordens”, explica o diretor.

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